Editorial

Debate democrático e necessário

É bom ver o Legislativo entrando em uma discussão que, de fato, é pertinente. A permissão para a Associação Rural de Pelotas construir em terreno repassado pela Prefeitura há décadas e que agora precisa de permissão da Câmara de Vereadores é um dos temas que mais geraram debates e discussões, com argumentos sólidos de todos os lados, neste ano. Os vereadores estão, democraticamente, decidindo e é muito bom ver eles trabalhando assim.

Em um ano marcado por picuinhas e ameaças entre Câmara e Prefeitura, que há pouco mais de um mês culminou na crise protagonizada pelo vereador Cauê Fuhro Souto (UB) e o secretário de Assistência Social (SAS) Tiago Bündchen, que teve muita fala e pouca coisa realizada (aliás, das dezenas de supostas denúncias, apenas uma ou duas vieram a público. Morreu essa história?), o que é de interesse da sociedade acabou ficando de lado. Não haverá, neste ano, por exemplo, um debate sobre o Plano Diretor da cidade.

O último mês do ano é tradicionalmente corrido na Câmara. Propostas chegam aos 45 do segundo tempo para serem analisadas e resolvidas rapidamente. Esse assunto deve ser um dos principais. Espera-se, ainda, que entre em pauta a questão salarial dos próprios vereadores e um potencial aumento de representantes a partir das próximas eleições. Mais dois temas que devem fervilhar debates e discussões.

Mas, voltando à questão do terreno, o levantamento feito de maneira bem clara e objetiva pelo repórter Douglas Dutra e publicado na edição de ontem mostra que o tema divide muitas opiniões. Enquanto o presidente Cesar Brisolara, o Cesinha (PSB) não vota, os outros 20 apresentam visões bastante divergentes. Nove sequer emitiram opinião. Sete são contra. Quatro são a favor. Ou seja, não há como indicar o que vai acontecer.

O que se espera é que as discussões sejam bem claras, objetivas e levem em consideração o interesse principal do Município e o que trará mais retorno, seja através de um novo bairro planejado e trazendo valores de IPTU e contrapartidas aos cofres, o que é o argumento de um lado, seja utilizando o espaço para moradias populares, venda ou outra questão, como sugere ou outro. Ou, até mesmo, uma terceira via, algo tão fora de moda nos dias atuais, mas vai que…


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